Sabrina Moura

Ganhei minha primeira câmera fotográfica (analógica) aos 12 anos , era um dos meus brinquedos favoritos. Me formei em Gestão Desportiva e de Lazer (2009) e só em 2011 fiz o primeiro curso de fotografia básica na Casa Amarela( UFC). Desde então não consegui mais parar. Realizei vários outros cursos na área da fotografia e hoje sou estudante do curso de Licenciatura em Artes Visuais do IFCE. Minha primeira participação em exposições foi no Encontros de Agosto (2016), na sequência, Galeria 3×4 (2017), Movência Poética MAUC (2018), A Cara Negra do IFCE (2018), Festival Nóia (2019), A Cara Negra e Indígena do IFCE (2019), Feira Oriente -RJ (2019) , Exposição Sol para Mulheres (2020), Qxas Festival(2020), Festival Nóia (2020),Festival de Fotografia de Tiradentes /On-line(2020) e Exposição A cara negra e indígena do IFCE (2020). No momento estou desenvolvendo projetos e pesquisas com processos de fotografia experimental ligados a memórias afetivas.
Baque

Pela primeira vez fui ver de perto o Maracatu. Essa tradição cultural que exalta nossa ancestralidade. Como fotógrafa, escolhi registrar sem lentes (transformando a câmera digital em uma pinhole), apenas com um furo na tampa no lugar da objetiva. A estética foi resultado do ritmo das batidas dos tambores ressoando no meu corpo e coração tomado em alegria. Com a câmera longe dos olhos, vivenciei a expressão cultural de fortalecimento de uma identidade regional em rito de decolonialidade. Há uma dialética de sons e de muita vida!

Vou te encontrar

Esse ensaio faz parte de uma coletânea “Vou te encontrar” que retrata de forma poética as minhas fases do luto pelo falecimento da minha mãe. A ausência participativa no ritual fúnebre se pôs como (im)pulso de ressignificação.
Nesse ensaio, simulo o ato de “enterrar” através de múltiplas sobreposições de fotografias. Em cada imagem, existe uma foto da minha mãe (jovem) enterrada por várias fotografias que fiz em uma visita ao cemitério.