Régis Amora
Existem no centro de Fortaleza diversos cinemas especializados em filmes eróticos, em sua grande maioria destinados ao público LGBT, como em milhares de grandes centros urbanos. O que sempre chamou a atenção foi a arquitetura desses estabelecimentos, pois quase sempre encontram-se instalados em edificações que já serviram de residências décadas atrás.
Busco, em Cine Casa, investigar as configurações atuais destes territórios destinados a encontros sexuais, procurando vestígios do que já foi, fugindo à lógica da deterioração de seus espaços e mais que isso, quero encontrar as camadas que vão se sobrepondo às suas arquiteturas, estas agora com outra utilidade.
A nova identidade a que estes territórios estão sujeitos, posto que servem atualmente a uma demanda do mercado do sexo, sempre em alta, é o mote deste trabalho, feito ao longo de cinco anos num perímetro específico do centro da cidade onde estão concentrados os cines.