Rafael Vilarouca

Artista visual e fotógrafo natural de Icó (CE), vive em Juazeiro do Norte (CE). Licenciado em Artes Visuais pela Universidade Regional do Cariri – URCA, possui também bacharelado em Direito pela mesma instituição. Em 2016, foi aluno residente no Laboratório de Criação do Porto Iracema das Artes em Fortaleza (CE), com o projeto Violência Simbólica, tendo sido premiado em 2015 no 66º Salão de Abril, em Fortaleza (CE) e em 2020 com o Prêmio Funarte Respirarte com a vídeoarte Sertão Salgado. Entre 2009 e 2014, realizou diversas ações e exposições como integrante do Coletivo Café com Gelo, grupo de artistas visuais formado no Cariri cearense. Têm participado de diversas mostras desde então: individual ‘Babel’ na Galeria de Artes SESC, ‘Desindústria’ no MAC CE em Fortaleza (CE), na Galeria de Artes SESC Crato (CE), no Centro Cultural São Paulo em São Paulo (SP) e no CCBNB Cariri em Juazeiro do Norte (CE); ‘Corpo Santo’ no Sobrado José Lourenço em Fortaleza (CE); coletivas: ‘Dentro do Brasil cabe o mundo’, no SESC Quitandinha em Petrópolis (RJ); XIX Unifor Plástica – uma constelação para Sérvulo Esmeraldo, no Espaço Cultural Unifor em Fortaleza (CE); exposição DeFauna no CCBNB Cariri; 5 ° Salão de Outono da América Latina, no Memorial da América Latina em São Paulo (SP), dentre outras.
TEMPO SUSPENSO

O salto dos arcos da ponte na cidade de Icó, interior centro-sul do estado do Ceará, acontece anualmente durante as cheias do Rio Salgado. O conjunto de imagens animadas, composta por frames de vídeo, apresenta um experimento documental dos puladores num movimento contínuo que simula um voo ou uma suspensão. A vídeoarte propõe a simulação de uma paisagem da lembrança presente, reativação de memórias, imagens para reinventar o rio.

Interdito

A série Interdito constitui um exercício cartográfico pelas estradas que interligam as cidades do Cariri cearense. As placas de publicidade vazias, objetos com caráter de monumento oriundos do sistema de comunicação, abandonadas, não cumprem mais o papel a que se destinavam. Como indicadores da ação humana e do tempo evidenciam a instabilidade dos elementos cotidianos. As imagens propõem, nesse sentido, uma atmosfera de reflexão ou introspecção para as verticalidades urbanas, como epifanias sob o solo urbano caótica. As condições de aproximação e afastamento, ocupação e abandono, são fatores de reconhecimento dos símbolos da cidade e suas realidades múltiplas.