Felipe Camilo

Negro. Cearense. Nordestino. Artista Visual com enfoque em fotografia e cinema. Dedica-se ao documental e à experimentação. Pesquisador pela Universidade Federal do Ceará, desenvolve tese nas áreas de antropologia, imagem, memória e cidade. Publicou o fotolivro ‘Perecível’ em 2018 com fitotipia, relatos e haicais. A exposição esteve nos CCBNBs, na Mostra de Fotografia Etnográfica da RAM 2017(Argentina), na ANPOCS 2018 e na Fotográfica Bogotá 2019. Como realizador/documentarista é ganhador do Prêmio de melhor roteiro no Cine Ceará 2017 e aquisição Canal Brasil de melhor curta com ‘Memórias do Subsolo ou o Homem que cavou até encontrar uma redoma’. Também dirigiu o documentário Oestemar resultado da 2ª Ed. do projeto “Mapadoc – Cartografias da Cultura Cearense”.
Perecível

Sedimentação de fotografias, folhas, palavras e outros detritos, o projeto surge no intento de partilhar vivências e encontros de um corpo a envelhecer junto de sua urbe. “Perecível” persegue uma poética de atravessamentos do tempo na superfície das plantas, das peles dos rostos, do concreto da cidade. Ruína, memória e imagem se cruzam por meio da ‘fitotipia’, retratos na superfície das folhas das árvores. O álbum de família do autor se mistura aos retratos de anônimos e a paisagem de Fortaleza como prótese no trabalho da memória da coletividade e especificamente do observador – ora contribuindo na luta contra o apagamento de rostos e prédios, ora evidenciando o ato de lembrar como ficção em uma paisagem arruinada por força política, por força da arquitetura, por força do sol e do vento.